quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Ataulfo e Regiane

*** se você não gosta de ler, não perca o seu tempo ***


Ataulfo não pega o metrô pois não guarda dinheiro trocado
Regiane pinta as unhas e se arrepende depois que pinta
Ele no trabalho borda arame farpado
Ela no trabalho pinta retratos rasgados

Ele usa uma camisa anacrônica
Ela é moderna como uma velha de 90 anos
Os dois se amam
E fizeram um financiamento!
De uma câmera de vídeo chinfrim, numa loja popular

E já tem bons momentos guardados
Ataulfo sempre reclama das prestações
Regiane diz que pensa no futuro mas sempre se esquece

Entre sorrisos, olhares, poemas e telefonemas
Sapatos, viagens, sábados
Cinemas chatos, e espera na calçada madrugada adentro
As madrugadas deixaram de ser problemas
Desde que Regiane descobriu que será mamãe
Do pequenino Sebastião Neto
Ou da Maria da Graça da Paz
De quem Naturalmente o jovem futuro Senhor Ataulfo será Pai

E os três, uma família, de mão dadas
Vão e caminham despercebidos na multidão
Descobriram a maior das riquezas
que se revela ao anonimato
Maior do que qualquer tesouro ou falso brilhante e sim reles artefato
Eles vivem o amor
E eu escrevo a poesia
de fato.

*** obrigado pela sua gentil leitura ***

(*) Nota do Autor
Regiane e Ataulfo existem e, posso jurar até, embora ainda não os conheça. Se você tem um pouco deles dentro do seu coração, divulgue o texto. Ajude o poeta e compor o próximo!

(*) Música do Autor
Escrito ao som de "Brand New Start - Little Joy" Ouça! Você vai se sentir bem!
Saudações!!!!

3 comentários:

Anônimo disse...

tenho muito de modernidade estilo noventa anos, hahaha!!!
Não entendi se seu comentario era bom ou ruim, mas vou otar pelo bom!
beijos

Tiago Belizario - Humanotom disse...

Olá!
Perdoe o mau escrito e, logo; mau entendido.
O comentário foi pro bem e do bem!
Noventa anos e anos noventa são uma perigosa antítese, disfarçada de meras palavras justapostas!
Parabéns pela qualidade dos textos!

Sacudidora de Palavras disse...
Este comentário foi removido pelo autor.

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