quarta-feira, 25 de novembro de 2015

A hora de abrir o baú

De repente, saltaram palhaços e malabaristas que vestiam estranham peças com recortes medievais ao passo que encenavam um ato ininterpretável como a palavra ininterpretável.
O picadeiro era triangular de modo que era impossível não tropeçarem uns nos outros mas, posto que era um sonho, tudo era possível. Logo após o término do canto inicial, uma banda composta velhos maltrapilhos e aleijados com estranhos e enigmáticos rostos juvenis, desses que tem seus poucos anos e muitos sonhos no olhar, tocavam estranhos instrumentos musicais de sopro que mais se pareciam com armas de fogo e produziam um estranho efeito visual já muitos sopravam pelos seus ouvidos sugerindo uma cena suicida, uma espécie de Menestrel trajando uma estranha capa e mais estranhas vestes que os demais veio ao centro do triângulo com os lábios costurados e gritou em alto e bom som que era hora de começar o espetáculo.
Em seguida, um avião de guerra do início do século rompeu a lona transparente que cobria o picadeiro com seu ruído zumbido estridente e explodiu à todos. Parecia ecoar uma tranquila canção de ninar no estranho espaço e uma névoa branca meio que azulada pairou por sobre o chão dissonante com o ar.

Continua...

Um comentário:

Unknown disse...

Nossa!
Estou curiosa para ver a continuação.
Beijos amigo

leia também!