quarta-feira, 25 de novembro de 2015

A noite, da janela do meu quarto

Ela dá pr´uma rua cinza
árvores verdes mas, cinzas
cachorros barulhentos...e, cinzas
pessoas que passam , cinzas

Anoitece e tudo continua cinza
aí vem a Lua e toma um cado da janela do meu quarto
e tudo ficar cor-de-lua
Fico feliz

Penso, comovido, em criar algo belo
como a luz vermelha do carro que vai sumindo
e movendo um sinal vermelho, embaçado pelos meus suspiros
à noite, na janela do meu quarto

Eu olho pra dentro e, vejo tudo aquilo que eu sou
retratos, recortes, textos, sons, cheiros
roupas, disfarces, trapos
noite; da janela do meu quarto

E, lembro Natáis, tristezas, saudades, vitórias
derrotas, perdas, fracassos
e percebo que é noite
da janela do meu quarto

E, percebo que a janela vai estar sempre ali
pra ver tudo passar, e eu estiver lá
e passando tudo à passado, enquanto eu estiver aqui
E apagarei as luzes das minhas rememorações
na esperança de, com a luz da lua
e o reflexo destes versos tímidos, nessas folhas brancas
ver o teu rosto refletido junto ao meu
únicos e só juntos, sós
nas noites, da janela do meu quarto
pelo resto de nossos dias

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